No final da década de sessenta, por iniciativa de uma Missão Jesuíta, um modelo francês de educação do campo surgido em 1935 foi introduzido no Brasil, na zona rural do estado do Espírito Santo. Inspirada nesse modelo, a Fundação vislumbrou no sistema de alternância uma alternativa às dificuldades de acesso da população das áreas rurais à educação de qualidade, alinhada à possibilidade de fomentar a agricultura familiar e, como consequência, propiciar condições mais cabais à fixação de seus moradores ao campo, reduzindo o expressivo êxodo para as grandes metrópoles.
Assim, em 1987, fundou a primeira escola rural de alternância do Brasil voltada ao Ensino Fundamental, em Entre Rios/BA.
Esta terceira unidade educacional da Fundação recebeu o nome de Escola Rural Tina Carvalho, o mesmo apelido carinhoso da irmã caçula do Fundador, falecida ainda jovem.
Anualmente, atende a cerca de 600 alunos sob o sistema de alternância, método que mantém os alunos por 30 dias na escola, em regime de internato, e 30 dias em casa, período em que são acompanhados pelos professores itinerantes, que supervisionam os deveres e as atividades práticas efetivadas em suas residências e respectivas comunidades.
Provenientes de mais de 20 municípios inseridos no raio de ação de, aproximadamente, 150 km, os alunos aprendem por meio de aulas teóricas e atividades práticas, cujos processos são delineados pelo Programa Raízes do Amanhã, tanto em relação às proposições pedagógicas como aos conhecimentos técnicos básicos que envolvem fruticultura, culturas sazonais, floresta, horticultura, beneficiamento, zootecnia e destinação de resíduos sólidos.
As etapas do ensino fundamental dão relativa ênfase à mandiocultura e às fruteiras ornamentais, áreas que contam com o suporte da parceria firmada com a EMBRAPA, cuja contribuição é solidificada através da transferência de tecnologias; da instalação de laboratórios experimentais na Escola ou nas comunidades dos alunos; e, por fim, do acompanhamento e verificação dos resultados alcançados.